Eu tinha acabado de passar por um período muito pesado na minha vida que acabou me levando pra depressão, quando comecei a jogar Smite. Em cerca de duas semanas, acabei fazendo novas amizades incríveis dentro do jogo, que passaram a me dar muita força. De repente, eu tinha o apoio de amigos que eu nunca tinha visto pessoalmente e que moravam longe, espalhados em diversas cidades do país, mas com os quais eu conversava diariamente enquanto a gente jogava.

Me divertir ao lado deles foi me dando forças. Além de me divertir jogando, de repente eu tinha amigos que me ouviam, me aconselhavam, me apoiavam. Não demorou muito pra amizade crescer e romper as barreiras do jogo. Alguns conseguiram viajar pra gente se encontrar ao vivo, e mesmo quem não conseguiu encontrava formas de demonstrar seu carinho, mesmo à distância.

E o mais legal é que, como começamos a jogar juntos logo no lançamento do jogo, enquanto a amizade crescia em todos os sentidos, nosso time também se tornava cada vez melhor! A gente arrasava nas partidas e crescemos bastante na parte mais competitiva do jogo. No fim, eu superei a depressão e ganhei grandes amigos que agora fazem parte da minha vida e ainda me acompanham no jogo até hoje!

No início, eu não entendia muito bem essa história de jogos online. Era mais um pai “coxinha” como os jovens dizem hoje em dia. E eu queria alguma forma de me aproximar mais do meu filho Gabriel, que estava com 10 anos.

Acabei descobrindo esse jogo, Ragnarök, que me pareceu uma boa oportunidade de fazer algo com ele e passarmos mais tempo juntos, já que ele já gostava muito de computador naquela época. Assim, apresentei o jogo pra ele e criei um personagem também pra jogarmos juntos, com a desculpa que precisava verificar com quem ele interagia, já que era muito novo.

Confesso que no início eu tinha bastante receio com a questão do “mundo virtual”, as coisas não eram tão normais como hoje em dia, mas com o tempo fui vendo como aquele “mundo” era bom pra gente: divertido e cheio de boas pessoas. Não demorou muito pro meu filho ficar mais craque do que eu no jogo e passar a me ensinar várias coisas.

Os jovens no jogo também ficavam muito empolgados quando descobriam que eu era um pai jogando com o filho e assim ganhamos bastante ajuda e fizemos novas amizades. Só posso dizer que a experiência nos uniu bastante e foi muito boa pra gente. Hoje meu filho não joga mais, tá ocupado com a faculdade, mas ainda mantem as amizades que ele construiu no mundo de Rune-Midgard. E sempre que tem alguma novidade grande, ele acaba entrando pra jogar comigo de novo.

Acho que minha vida mudou completamente graças ao Combat Arms. No início eu jogava mais na base da zoeira mesmo, pra me divertir com os amigos na lan house. Mas eu sempre tive esse jeito mais obstinado, de querer ser o melhor, e aí quando ouvi falar de um torneio valendo prêmio, resolvi me dedicar mais e entrar em um time.

Eu lembro que aquele primeiro torneio eu perdi feio, mas talvez tenha sido isso o que mais me motivou a melhorar. Foi assim que acabei indo pro competitivo, me juntei ao meu time e passamos a ganhar destaque no jogo. E quando você fica mais famoso é legal porque muito mais gente passa a se espelhar em você, a querer jogar contra você, a interagir com você. É bem divertido poder ajudar com dicas, ver os caras crescendo também.

Foi numa dessas interações com os “fãs” que uma menina me chamou a atenção. Passamos a trocar ideia, fomos nos aproximando cada vez mais até que tomei coragem pra pedi-la em namoro, mesmo ela sendo de São Paulo e eu de Brasília. Graças às minhas conquistas no competitivo, no fim consegui me mudar pra São Paulo, onde poderia me dedicar melhor ao time e ficar ao lado dela. Se não fosse pelo Combat Arms, acho que nunca teria saído da minha cidade nem conhecido o amor da minha vida!

Perfect World faz parte da minha vida. Simples assim. Acho que não dá mais pra separar a minha história da história do jogo e eu não seria quem sou hoje se nunca tivesse jogado esse jogo. Como explicar pra alguém que não conhece jogos online como é divertido você se reunir com seus amigos pra “fazer Dinastia”, (um dos desafios em equipe do jogo)?

Por falar em amizades, já perdi a conta de quantos amigos fiz dentro do mundo perfeito. Muitos dos meus amigos do “mundo real” eu conheci no jogo, já hospedei gente que veio de outras cidades pra conhecer a galera que mora aqui e já viajei pra outros estados pra conhecer alguns desses amigos.

Minha noiva eu também conheci dentro do jogo, onde inclusive a gente já é casado! Agora só falta copiar na vida real, risos. Até a minha escolha de profissão foi influenciada pelo PW. Hoje estou cursando Administração e tenho certeza que o fato de ser tão envolvido na economia do jogo e ter administrado uma guilda com mais de 100 jogadores contribuiu pra essa decisão. Já a minha noiva está fazendo Design de Games, então querendo ou não, o PW ajudou a direcionar nossas escolhas para o futuro! Agora é só batalhar na vida real também pra que ela também seja perfeita, risos!

É engraçado quando eu conto pra alguns amigos que gosto de relaxar jogando um jogo de tiro como o Warface. Por eu ser policial federal, alguns logo se assustam, me perguntando se não me canso de ficar rodeada o tempo todo de tanta violência. Outros perguntam coisas absurdas como se “é pra ajudar a treinar minha pontaria”. Não podiam estar mais errados!

As pessoas não entendem como um jogo de tiro é completamente diferente da tensão que é o dia a dia da minha profissão. Ninguém sai voando pela janela por jogar um jogo de super herói, por isso não vejo como podem achar que um jogo desses reflete a vida real. Pra mim, ele é divertido e relaxante. Claro que acredito que meus reflexos e treinamento podem até me dar certas vantagens, mas não é como se eu fosse virar uma jogadora profissional por causa disso.

Warface pra mim é terapia. Da mesma forma que tem gente que se diverte assistindo filmes de ação, eu me divirto com jogos de tiro. Nos filmes, confesso que prefiro os românticos ou de terror, risos.